O melhor itinerário de 10 dias na Polónia para 2025
Se há uma pergunta que nos fazem vezes sem conta, é para revermos e darmos opinião sobre o itinerário de viagem pela Polónia. E, na maioria dos casos, o plano é passar 10 dias no país.
Como queremos mesmo ajudar quem está a planear uma viagem por cá, preparámos este itinerário completo com uma estrutura simples, sugestões para cada dia e várias dicas úteis, desde transportes até comida típica.
Temos a certeza de que vai ser útil, por isso vale a pena ler até ao fim. Mantivemos só a informação essencial, e claro, pode sempre ajustar tudo ao seu ritmo. Vamos ao que interessa.

Planejando um itinerário na Polónia: O básico
Dez dias passam num instante, por isso não convém exagerar. Siga um percurso direto e fique pelo menos duas noites em cada destino. Assim evita estar sempre a fazer e desfazer malas. Os comboios mais longos — como o de Gdańsk para Cracóvia — convém reservar com antecedência, porque costumam esgotar.
Há mais pormenores lá mais para o fim do artigo, mas agora vamos ao que é mesmo essencial para preparar a viagem.
10 dias na Polónia são suficientes?
Sim, dá perfeitamente, desde que organize bem o tempo. Com 10 dias, consegue visitar quatro zonas diferentes da Polónia sem andar a correr. Vai passar mais tempo em Varsóvia e Cracóvia, onde estão os principais museus, cafés e vida noturna.
Depois pode passar uns dias junto ao mar, em Gdańsk, e terminar com dois dias nas montanhas, em Zakopane. A única viagem de comboio mais longa é entre Gdańsk e Cracóvia. O resto faz-se bem. Não dá para ver todas as aldeias, mas vai ter uma boa mistura de cidade, natureza e história. É um ótimo plano para uma primeira visita.
Como se deslocar na Polónia?
Na verdade, os comboios são mesmo a melhor opção. São baratos, rápidos e costumam cumprir os horários. Pode comprar bilhetes no site da PKP Intercity ou nas máquinas das estações. Dentro das cidades, os elétricos e autocarros funcionam com cartões sem contacto — basta passar à entrada e à saída.
De Cracóvia para Zakopane, o autocarro é mais rápido do que o comboio. E se precisar de se deslocar mais depressa dentro da cidade, apps como a Bolt ou a Uber funcionam bem e não são caras. Pode esquecer os táxis normais, e até os voos internos. Só vale a pena alugar carro se for mesmo para zonas muito rurais.
Melhor altura para visitar a Polónia
O ideal é ir em maio, junho ou setembro. O tempo costuma ser estável, nem muito quente, nem muito frio (e sim, na Polónia pode fazer mesmo muito frio).
Basta uma camisola de manhã e t-shirt à tarde. Julho e agosto são mais movimentados, com mais gente e preços mais altos nos hotéis (sobretudo em Cracóvia), mas nada de dramático. O inverno também tem o seu encanto, com neve e mercados de Natal, mas prepare-se para frio e poucos dias de luz.
A pensar numa caminhada nas montanhas? Junho e setembro são os melhores meses. Menos gente e trilhos mais tranquilos. Evite a semana da Páscoa: muita coisa fecha e os transportes enchem.
Itinerário completo: 10 dias na Polónia
Este plano é simples e direto. Não vai andar a mudar de cidade todos os dias nem encher o calendário de coisas para fazer. Vai ter tempo para ver os principais pontos com calma, e ainda descobrir alguns sítios que passam despercebidos a muita gente.
Aqui fica o plano, dia a dia, para saber onde ir, o que ver e quando abrandar o ritmo. E se quiser ainda mais sugestões ou tirar o máximo da viagem, veja também o nosso guia completo com o que visitar na Polónia.
Dia 1: Chegada a Varsóvia
Faz todo o sentido começar pela capital. Vai aterrar no aeroporto Chopin e pode apanhar o comboio SKM ou um Uber até ao centro são uns 20 minutos. Deixe a mala no hotel (recomendamos o Polonia Palace, mas qualquer hotel central serve), e siga direto.
Comece com um passeio pela Krakowskie Przedmieście, parte da Rota Real. Vai passar por igrejas antigas, palácios e, mais à frente, o Palácio Presidencial. Continue até à Praça da Cidade Velha, pequena, mas cheia de cor e vida.
Suba à torre da Igreja de Santa Ana para ver a praça e o rio Vístula lá ao fundo. Faça uma pausa na Cukiernia Pawłowicz, os croissants de pistáchio são imperdíveis. Para almoçar, escolha algo típico num sítio como o Bazyliszek.
À tarde, apanhe um elétrico ou atravesse o rio até ao bairro de Praga. É a zona mais alternativa da cidade, cheia de murais, antigos prédios decrépitos e cafés em antigas fábricas. Gosta de cerveja? Experimente o Cześć ou o Boska Praga.
Antes do pôr do sol, volte à Cidade Velha e aproveite a luz dourada nas muralhas do Castelo Real, é um dos melhores sítios para ver o fim do dia na Polónia. Para jantar, vá ao Zapiecek — famoso pelos pierogi. Os clássicos de batata e queijo nunca falham, mas os de cogumelos também são ótimos.
Com energia extra? Veja se há algum recital de Chopin ao vivo. Normalmente são em caves ou capelas e começam por volta das 19h ou 20h.
Dia 2: Cidade Velha de Varsóvia + Ao redor
Nota: Nós planejamos este segundo dia na Polónia em torno da Cidade Velha de Varsóvia, mas no caso de você querer mudar as coisas, você pode considerar reservar uma viagem de um dia de Varsóvia para Auschwitz. Caso contrário, cobriremos os campos de concentração no dia 6 a partir de Cracóvia.
Comece cedo e vá até ao Parque Łazienki, um dos mais bonitos da cidade. O elétrico 180 leva-o lá, ou pode ir a pé. Vai ver cisnes no lago, pavões a passear e o Palácio na Ilha, mesmo sobre a água.
O famoso monumento a Chopin também está lá, calmo de manhã, mais concorrido à tarde.
Pode tomar o pequeno-almoço no café do parque e depois seguir para o Museu da Revolta de Varsóvia. É intenso, com vídeos, gravações e objetos de 1944. Reserve pelo menos duas horas, três se quiser ver tudo com atenção. É uma boa introdução à história do país.
Para almoço, vá ao Bar Bambino, um dos “bares de leite” mais autênticos da cidade. Sopas, panados ou pierogi por menos de 5 euros.
À tarde, vá até ao Palácio de Wilanów. Um palácio barroco amarelo-vivo, fora do centro, mas vale a pena, especialmente se gosta de jardins ou procura um sítio mais calmo.
Antes do jantar, passe pela Nowy Świat, uma rua cheia de cafés que faz parte da Rota Real. Ideal para ver o movimento local ao fim do dia. Para jantar, experimente o GOŚCINIEC Polskie Pierogi, bom ambiente, doses generosas e preços simpáticos.
Acabe o dia com uma caminhada pela ponte Świętokrzyski. À noite, as luzes acendem-se e tem uma bela vista sobre o Vístula. Ou, se preferir algo mais especial, pode sempre marcar um passeio de barco pelo rio – é acessível e fecha bem o dia.
Dia 3: Viaje para Gdansk e visite a Cidade Velha
De manhã, apanha o comboio rápido de Varsóvia para Gdańsk. São cerca de três horas e normalmente chega a horas. Assim que chegares, faz o check-in no hotel (o IBB Hotel Długi Targ é uma boa opção, mas qualquer alojamento junto à rua principal serve) — assim evitas perder tempo em deslocações.
Começa o passeio junto ao Portão Verde e segue pela zona ribeirinha, passando pelo guindaste medieval que, em tempos, servia para descarregar mercadorias. Toda esta área foi reconstruída com muito cuidado e tem um ambiente calmo e histórico. Gdańsk é mesmo uma das cidades mais relaxantes da Polónia.
Segue pela Długi Targ (Mercado Longo) e aproveita para ver locais emblemáticos como a Fonte de Neptuno, o Pátio de Artus e as fachadas estreitas e coloridas. Depois, sobe à torre da Igreja de Santa Maria para uma vista impressionante sobre os telhados da cidade e os guindastes do porto ao longe.
Para o almoço, passa na Pierogarnia Mandu, um restaurante muito popular com pierogi de todos os tipos: doces, salgados, vegetarianos, com carne… É uma das nossas paragens obrigatórias sempre que estamos em Gdańsk.
À tarde, reserva pelo menos duas horas para visitar o Museu da Segunda Guerra Mundial. É grande, moderno e muito bem feito, com vídeos, áudio e salas interativas.
Antes do jantar, faz um desvio até à Rua Mariacka, cheia de lojas de âmbar, gárgulas em pedra e charme em cada esquina de calçada. Quando o sol começar a descer, atravessa a ponte pedonal para a ilha de Ołowianka e senta-te junto ao rio para ver o pôr do sol com calma.
Para jantar, experimenta o Restauracja Gvara. Fica perto, não é caro, e tem bons pratos polacos e peixe fresco. E se ainda quiseres beber alguma coisa, a Brovarnia ali perto tem cerveja artesanal feita no local. Ambiente tranquilo e perfeito para fechar o dia.
Dia 4: Explore Gdańsk e mais além
Prometemos um itinerário sem correrias, e hoje podes escolher o teu ritmo. Se te apetecer algo mais aventureiro, apanha cedo o comboio para Malbork.
Demora cerca de 50 minutos e a estação fica a poucos passos do castelo. Pode parecer só mais um castelo… mas não é. É uma das maiores fortalezas de tijolo do mundo.
Cruza a ponte pedonal e entra neste colosso. É enorme, por isso conta com pelo menos três horas para a visita. Vais ver muralhas, torres, salões e museus.
Depois, almoça perto da estação, mesmo em frente há o Bar & Restauracja Bis, uma escolha simples e eficaz. E volta a tempo a Gdańsk para aproveitar a noite.
Preferes não sair da cidade? Então vai até às docas e faz um pequeno passeio de barco até Westerplatte, junto ao Golfo de Gdańsk. Foi aqui que começou a Segunda Guerra Mundial, e hoje há um memorial e antigos bunkers junto ao mar. Está tudo calmo agora, mas a história está bem presente.
Depois, passa pelo Centro Europeu de Solidariedade, um museu impressionante sobre a luta da Polónia pela liberdade e o movimento Solidarność. O café lá dentro é ótimo para um almoço leve.
À tarde, faz uma volta na roda gigante AmberSky para uma vista completa da cidade e do rio. É turístico, claro, mas vale pela paisagem. Para jantar, reserva mesa no Prologue. O peixe é estrela da casa (sobretudo o arenque) e o ambiente é acolhedor sem ser pretensioso.
Fica mais uma noite no IBB Hotel ou troca para o Młody Byron, um hostel económico com vista para o rio. Se o céu estiver limpo, termina o dia com uma caminhada descontraída ao longo do Cais Brzeźno. Amanhã segue viagem para Cracóvia.
Dia 5: Siga de Gdańsk para Cracóvia
Já estamos a meio do itinerário, e é altura de seguir para Cracóvia. Podes voar ou apanhar o comboio rápido Pendolino de manhã. O voo é um pouco mais prático, mas também mais caro. Por isso, o comboio costuma ser a melhor escolha.
A viagem dura cerca de 5 horas e meia, por isso leva alguns snacks contigo ou compra algo na estação. Quando chegares, instala-te no hotel e começa a explorar. O Hotel Amber é uma boa escolha, fica perto do Planty Park e dá para ir a pé a quase tudo.
Começa pela praça principal, uma das maiores da Europa. Ouve-se o som da trombeta a cada hora, tocada da torre da Basílica de Santa Maria, uma tradição local. Passa pelo interior se estiver aberto. No centro da praça está o Mercado dos Tecidos, ótimo para comprar joias de âmbar ou pequenas esculturas em madeira.
Depois, desce até Kazimierz, o antigo bairro judeu — está cheio de lojas vintage, murais e cafés com bom ambiente. Para almoço, prova uma zapiekanka (uma baguete gratinada) numa das bancas do Plac Nowy. É simples, mas enche. Se preferires algo mais quente, há muitos cafés por perto com pierogi e sopas — ótimo no inverno.
A seguir, atravessa a ponte pedonal para Podgórze, o antigo gueto. Vais ver murais modernos, as famosas cadeiras da Praça dos Heróis do Gueto e alguns pequenos museus, se tiveres tempo.
Antes do pôr do sol, vai até à margem do rio Vístula, a luz dourada da tarde faz o cenário perfeito.
E para jantar? Vai ao Restauracja Pod Wawelem. Pratos típicos, doses generosas: joelho de porco, couves e cervejas servidas em canecas enormes. Para sobremesa, passa na Good Lood, muitos dizem que é o melhor gelado da cidade. E se ainda tiveres energia, há bares de jazz com música ao vivo nas caves perto da Rua Szewska.
Só um aviso: no dia seguinte vais a Auschwitz, por isso não te deites demasiado tarde.
Dia 6: Viagem de um dia a Auschwitz e Minas de Sal
Este é um dia longo e intenso, por isso convém começar cedo. A maioria dos passeios combinados passa pelo hotel entre as 6h e as 9h, dependendo da opção escolhida. E sim, vale a pena visitar Auschwitz.
A viagem até Auschwitz-Birkenau demora cerca de 90 minutos, razão pela qual muitos preferem fazer esta excursão a partir de Cracóvia em vez de Varsóvia. Quando chegares, o guia vai conduzir-te pelos antigos barracões, compartilha a história de Auschwitz , torres e edifícios do campo, partilhando testemunhos de sobreviventes e documentos da época. É uma visita pesada e marcante, por isso prepara-te emocionalmente.
Se tiveres oportunidade, recomendamos ler um livro sobre Auschwitz ou o Holocausto antes de ir, ajuda bastante a compreender melhor a história por detrás do local.
Depois da visita, há uma pausa para almoço — normalmente um lanche leve ou sanduíche servido no autocarro. A seguir, o grupo segue para a mina de sal de Wieliczka, com um ambiente bem diferente.
Desces por uma escadaria (leva calçado confortável, são muitos degraus!) e percorres câmaras subterrâneas, capelas e esculturas talhadas em sal. Lá em baixo está fresco, por isso é boa ideia levar um casaco leve. A visita termina numa enorme sala sob a terra, onde por vezes até fazem concertos.
Também podes ir até Auschwitz, mas recomendamos uma visita guiada — são acessíveis e aprendes muito mais do que indo sozinho.
No final da tarde estarás de regresso a Cracóvia. Aproveita para tomar um banho, descansar um pouco e depois sair para jantar algo leve. O Vegab é uma excelente escolha — fazem wraps e “kebabs” à base de plantas, com molhos caseiros. Se quiseres descomprimir, dá um passeio pelo Planty Park, o anel verde que rodeia a Cidade Velha. Vais agradecer o silêncio.
Dia 7: Descubra mais de Cracóvia
Depois do dia de ontem, a ideia é ir com calma, comida, um museu e um passeio descontraído por Cracóvia. Começa com o pequeno-almoço no Café Camelot, um espaço acolhedor perto da praça principal, com cadeiras confortáveis e bom café.
Depois, segue até ao Castelo de Wawel. Dá uma volta pela zona, visita a catedral, as câmaras reais e o pátio central. No exterior, há uma estátua de um dragão que de vez em quando cospe fogo, se viajas com crianças, ou se gostas de surpresas estranhas, vale a pena ver.
Almoça algo simples na Charlotte, uma baguete e um café bastam. Não é comida típica polaca, mas é bom. A seguir, apanha o elétrico 14 até à fábrica de Schindler.
É um museu dedicado à Cracóvia durante a ocupação nazi. Está muito bem feito, com histórias pessoais, fotos de época e muita informação.
Depois, volta a Kazimierz e aproveita a tarde com um passeio tranquilo. Toma café no Hevre, uma antiga sinagoga convertida em bar, e espreita algumas lojas vintage nas redondezas. Mais tarde, sobe ao monte Krakus, um miradouro natural com vista sobre a cidade, ótimo para ver o pôr do sol.
Para jantar, o Starka é obrigatório. Comida polaca bem feita e vodkas artesanais com sabores. É muito popular, por isso se puderes, reserva com antecedência.
Termina o dia na praça principal. À noite costuma haver músicos de rua, e sabe bem ficar ali um bocado a ouvir. No inverno há menos animação, mas no verão o ambiente é especial.
Dia 8: Viagem a Zakopane
Sai cedo de Cracóvia e apanha um autocarro, comboio ou transfer para sul. A viagem até Zakopane demora cerca de duas horas e meia, dependendo do trânsito. Se conseguires, senta-te do lado direito para melhores vistas.
Assim que chegares, instala-te numa pousada ou hotel perto da rua Krupówki, a principal rua pedonal, cheia de restaurantes, bancas de mercado e lojas de equipamento de montanha.
Depois de deixares a mala, apanha o funicular até Gubałówka, onde terás trilhos e vistas amplas sobre os Montes Tatra. Lá em cima, há várias bancas de comida, experimenta o oscypek, um queijo de ovelha fumado e grelhado, servido com doce de arando. É um clássico, e toda a gente adora.
De regresso à cidade, almoça num restaurante simples em Krupówki, nada de especial, só algo que te encha. Passa a tarde a passear pela rua, entrando nas lojinhas de recordações: meias de lã, bastões esculpidos, bugigangas de madeira… há de tudo.
Se te apetecer algo mais cultural, visita o Museu dos Tatra para saber mais sobre os montanheses da região e a vida selvagem da zona.
Para jantar, vai ao Karczma Po Zbóju. É grande, ruidoso e rústico, mas a comida é excelente. Depois do jantar, dá uma caminhada até ao antigo cemitério de madeira junto à igreja. Se o céu estiver limpo, verás um céu estrelado incrível. Se estiver nublado, entra no Europejska Café para um chocolate quente e fecha o dia com calma — porque amanhã as montanhas esperam.
Dia 9: Tatras ou Banhos Termais
Dia 9: já se sente aquele misto de cansaço e nostalgia. Tens duas boas opções para hoje. Se ainda tens energia para caminhadas, começa cedo e apanha uma carrinha (minibus) até ao início do trilho para Morskie Oko. Basta dizer ao motorista, eles conhecem bem.
Pagas uma pequena entrada à chegada e depois é uma caminhada longa mas fácil, em estrada alcatroada, até ao lago nas Montanhas Tatra. Leva cerca de duas horas para cada lado. Lá em cima, podes dar a volta ao lago ou comer uma sopa quente na cabana. Leva água e agasalhos, mesmo no verão, o tempo pode mudar rápido.
Se preferires algo mais tranquilo, fica em Zakopane e marca uma ida às termas de Chochołowska, a cerca de 30 a 40 minutos de distância. As piscinas são ao ar livre, com vista para as montanhas é só relaxar. Há também sauna e restaurante, por isso podes passar lá várias horas a descansar.
De qualquer forma, regressa a Zakopane ao final da tarde. Antes do jantar, volta ao mercado e compra um pouco de queijo fumado ou frascos de ervas e chás típicos — ou alguma lembrança para levar contigo.
Para a última noite nas montanhas, reserva mesa no Bąkowo Zohylina Niźnio, um restaurante tradicional com guisados de carne e vinho quente servido em canecas de barro. É provável que ouças os cascos dos cavalos a passar lá fora. É mesmo esse tipo de sítio.
Dia 10: Regresso e Voo para Fora
Hoje é dia de ir com calma… a menos que tenhas um voo muito cedo, claro. Aproveita um bom pequeno-almoço. Se quiseres algo típico, experimenta as panquecas de maçã à moda polaca (racuchy), com chá ou café. Depois, apanha um autocarro a meio da manhã de volta para Cracóvia. O caminho leva-te por colinas, rebanhos e florestas até à cidade.
Se o teu voo parte de Cracóvia, está tudo resolvido. Se fores voar a partir de Varsóvia, não te preocupes, o comboio rápido de Cracóvia demora cerca de 2h30. Só tens de planear bem o tempo.
Se tiveres umas horas livres antes do voo, guarda a mala na estação de comboios e dá mais uma volta pelo Planty Park, o anel verde à volta da Cidade Velha. Podes ainda passar pela Rua Grodzka para comprar as últimas lembranças: âmbar, cerâmica polaca, ou só um íman para o frigorífico. Para o almoço, escolhe um bar mleczny (bar de leite) e experimenta a sopa żurek, se ainda não o fizeste.
Depois, segue para o aeroporto, cansado, mas cheio. E garantidamente com a cabeça cheia de memórias. Viste muita coisa em apenas 10 dias. Talvez não tudo, mas mais do que suficiente para sentires saudades antes mesmo de ires embora.
FAQs Sobre este Itinerário para a Polónia
Mesmo uma viagem curta pode deixar dúvidas. Aqui ficam algumas das perguntas mais comuns, aquelas que surgem antes de marcar comboios, reservar passeios ou fazer a mala.
É possível fazer Auschwitz e as minas de sal num dia?
Sim, mas só com visita guiada. O guia trata do transporte, dos bilhetes e mantém tudo dentro do horário. A primeira paragem é Auschwitz, onde visitarás os dois campos (Auschwitz I e Birkenau).
Depois de uma pequena pausa, segue-se a visita à mina de sal de Wieliczka. Entras diretamente com o grupo, sem filas. No regresso à cidade, normalmente já é de noite, por volta das 19h. Tentar fazer tudo isto por conta própria num só dia? Possível, mas pouco prático. Só vale a pena se estás habituado a organizar tudo sozinho com horários apertados.
Zakopane vale a viagem?
Sem dúvida. É uma mudança total em relação às cidades. O ar é puro, as paisagens são incríveis, e a comida é diferente, reconfortante, de montanha. Mesmo que não sejas fã de caminhadas, podes subir ao cume, passear pela cidade ou relaxar nas termas.
O verão é verde e fresco, o outono é calmo e colorido, e o inverno transforma a vila numa terra nevada. Nas zonas mais turísticas há algum movimento, mas para dois dias no final da viagem, é um ótimo sítio para desligar.
É preciso alugar carro na Polónia?
Não. Comboios e autocarros cobrem bem todo este itinerário. Varsóvia, Gdańsk e Cracóvia estão bem ligadas por comboio, e Zakopane também é fácil de chegar.
Dentro das cidades, usa elétricos, autocarros ou apps como Bolt e Uber, são baratos e práticos. Alugar carro só faz sentido se quiseres explorar zonas rurais ou trilhos mais isolados. Para esta viagem, o transporte público chega perfeitamente.
Quanto custa viajar pela Polónia?
Com cerca de 80 euros por dia consegues fazer uma viagem confortável. Isso inclui alojamento limpo, boa comida e transportes. Hostels e hotéis económicos variam entre 30 e 40 euros por noite. Um jantar completo num restaurante ronda os 8 a 12 euros, e os museus raramente ultrapassam os 10 euros.
As visitas maiores, como Auschwitz e as Minas de Sal, custam entre 30 e 70 euros (em conjunto). Transportes locais são muito acessíveis, muitas vezes menos de 1 euro por viagem. Em geral, continua a ser um dos países com melhor relação qualidade/preço na Europa, mesmo em época alta.
Conclusão
E pronto. 10 dias a percorrer a Polónia, da capital ao mar, das cidades históricas às montanhas. Viste os clássicos, descobriste sítios menos óbvios, viajaste a um ritmo estável e sem correria.
O melhor? Não foi preciso andar a voar de um lado para o outro. Só bons comboios, café forte e planeamento com cabeça. Guarda as tuas notas e fotografias — vais querer rever tudo quando começares a planear a próxima viagem. Porque sim, a Polónia tem muito mais para mostrar. E sejamos honestos — vais querer voltar.